Programa de Inovação Estratégica Colaborativa para a Especialização Inteligente das PMEs do território do AECT Duero-Douro.
Descrição da Atividade
As empresas localizadas no território do AECT Duero-Douro agrupam-se segundo os diferentes perfis produtivos e tecnológicos. Em função do estado da tecnologia serão desenvolvidas e implementadas diferentes estratégias ad hoc de cooperação empresarial orientadas para o estabelecimento de acordos temporais ou permanentes (parcerias, redes e alianças estratégicas) entre duas ou mais empresas, com o objetivo de obter vantagens recíprocas mediante a execução em comum de ações comerciais, financeiras, logísticas, tecnológicas, produtivas, administrativas, etc. que permitam alcançar um objetivo pré-estabelecido, permitindo compartilhar e otimizar recursos, reduzir riscos e facilitar a realização de projetos em comum.
O resultado destas estratégias cooperativas será o conjunto de organizações que se agrupam e adotam o Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP alcançando assim potenciais desenvolvimentos e investimentos que a soma de todas elas agindo isoladamente não atingiriam.
Ação 1: Elaboração de estratégias cooperativas adaptadas aos agrupamentos empresariais territoriais.
Cooperar significa apoiar-se na experiência e restantes habilidades que possua uma ou mais organizações, com o objetivo de obter resultados que normalmente uma só organização não podería conseguir com os seus próprios meios. A aposta na cooperação supõe, em maior ou menor medida, um sacrifício do próprio em favor do coletivo, ainda que no final o benefício coletivo se traduza também em vantagens individuais.
O Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP elaborará as seguintes configurações estratégicas e as adaptará aos agrupamentos empresariais do AECT Duero-Douro:
Um dos motivos mais recorrentes na hora de estabelecer acordos de cooperação comercial é a tentativa de aceder a novos mercados, acesso esse que se mostra muito difícil e moroso de ser atingido pelas PMEs de forma individual. Mediante a cooperação pode ser atingido, seja de forma integrada, seja com acordos específicos:
- Informação sobre os mercados a que se quer aceder.
- Reduzir os riscos que comporta a introdução nesses novos mercados.
- Penetrar nos mercados externos, quer seja por uma ação conjunta de empresas nacionais, ou por um acordo com uma empresa do país em questão.
- Criar uma rede de distribuição ou aproveitar a de uma empresa já existente.
Formas de cooperação comercial:
- Agrupamento de exportadores
- Cooperação no aprovisionamento
- Cooperação em marketing
- Acordos de distribuição
- Consórcio de empresas para a comercialização
- Franquias
- Compras conjuntas
- União Temporária de Empresas (UTE)
- Agrupamentos de Interesse Económico (AIE)
- Agrupamento Europeu de Interesse Económico (AEIE)
- Cluster ou Agrupamentos Empresariais Inovadores (AEI)
- Denominações de Origem de caráter Internacional
- Rotas Turísticas de Origem Agroalimentar
- Outras formas de cooperação comercial:
- Ações conjuntas de promoção, como imagem conjunta, participação em feiras, marcas, etc.
- Estudos de mercado conjuntos.
- A criação conjunta de redes comerciais (nas quais se produzem relações multilaterais, não apenas entre as empresas, mas também entre instituições públicas e privadas).
- Intercâmbio de informação comercial.
- Cooperação em serviço pós-venda.
- Etc.
A dificuldade de acesso ao financiamento é um dos problemas mais frequentes entre as PMEs, em especial nos momentos imediatamente posteriores à sua criação ou no atual período de crise económica. A cooperação financeira é umas das opções que permite obter um maior e melhor acesso ao financiamento, mediante:
- A designação de uma série de recursos financeiros para poder levar a cabo um projeto concreto.
- A distribuição de riscos em operações de elevada incerteza (investigação, lançamento de novos produtos, etc.).
Algumas das formas de cooperação financeira são:
- Joint-ventures, Empresa conjunta ou Sociedades mistas
- Venture capital ou Capital Risco
- Leveraged buy-out (LBO)
- Sociedades de intermediação financeira
Em muitas situações as PMEs encontram muitas dificuldades pela sua escassa adaptação aos requerimentos de flexibilidade e qualidade do mercado. A flexibilidade e qualidade só podem ser oferecidas mediante a utilização de novas tecnologias aos processos produtivos. Além disso, as PMEs muitas vezes não podem fazer frente a determinadas atividades porque a magnitude das mesmas não está ao seu alcance, como pela necessidade de dominar algumas facetas não contempladas na empresa. A cooperação com outras empresas permite ampliar as possibilidades das PMEs, contribuindo com a diversificação da sua produção ou aumentando a sua capacidade produtiva, mediante:
- Complementariedade tecnológica dentro de um processo produtivo.
- Partilha de ativos e/ou "Know-How" para o desenvolvimento de um processo produtivo.
- Partilha de recursos e riscos nas atividades de I+D.
As principais formas de cooperação no aspeto tecnológico são as seguintes:
- Investigação mais Desenvolvimento (I+D)
- Spin off
- Licenças
A esfera produtiva de uma empresa é o conjunto de atividades que produzem os bens e serviços colocados ao alcance do consumidor. O trabalho que é investido na esfera produtiva cria o produto ou serviço e o rendimento da empresa. A cooperação com outras empresas permite ampliar as possibilidades de produção:
- Contribuindo com a especialização da produção.
- Aumentando a sua capacidade produtiva.
- Complementando o processo produtivo, cobrindo-o na íntegra ou parte dele.
Algumas formas de cooperação na área produtiva são:
- Subcontratação
- Especialização
Ação 2: Implementação, Monitorização e Avaliação do Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP
Os acordos de cooperação empresarial devem ser executados mediante um plano e objetivos de cooperação previstos. O Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP realizará uma análise dos aspetos legais que possam influenciar o processo de negociação, devendo ser conhecido o âmbito legal de referência para o acordo, seja ele de alcance local ou internacional. Devem ser conhecidos exaustivamente os regulamentos existentes afetos a matérias, tais como:
- Tipo de cooperação a estabelecer.
- Tipo de atividade a desenvolver.
- Aspetos concretos que possam afetar o acordo (fiscalidade, movimento de capitais, etc.).
- Especificidades dos diferentes regimes regulamentares entre Espanha e Portugal.
Posteriormente será negociado o acordo de cooperação entre as empresas participantes, atendendo a:
- Preparar antecipadamente os aspetos a tratar.
- Reunir uma equipa que tenha capacidade de decisão e seja de confiança.
- Objetivos de cada uma das empresas participantes.
- Negociar passo a passo, tratando todas e cada uma das questões implicadas no acordo de cooperação.
A partir da negociação deve estruturar-se o acordo de forma coerente com os objetivos definidos, os meios disponíveis e o enquadramento legal existente. O conteúdo do acordo deve refletir, no mínimo:
- Objetivos.
- Duração.
- Formas jurídicas e modos ou tipos de cooperação.
- Contribuição dos cooperantes.
- Instrumentos de gestão e controlo.
- Instrumentos de comunicação e de informação.
- Partilha dos resultados.
Os acordos de cooperação empresarial do Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP devem ser avaliados e monitorizados mediante um plano de seguimento da realização dos objetivos de cooperação propostos. Para prevenir possíveis conflitos de interesses durante a execução das ações entre as empresas cooperantes, é fundamental:
- Manter um contato permanente e fluido com os parceiros, pois pode prevenir eventuais conflitos. Além disso, permite a adaptação às possíveis mudanças ou evoluções do mercado, a uma mudança na direção das empresas participantes, fazer frente a dificuldades financeiras imprevistas, etc.
- Estabelecer critérios para a avaliação dos resultados que vão sendo obtidos e um calendário no qual se fixem os prazos para o cumprimento dos objetivos.
Ação 3: Implementação de dois projetos piloto de cooperação empresarial dentro do Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP
A implementação do Modelo Estratégico-Organizativo e-DOURO_EXP será realizada através da implementação de dois projetos piloto para a internacionalização das PMEs do território do AECT Duero-DOURO, um dedicado ao setor agroalimentar e outro ao turismo.
>>>>>Projeto piloto 1. Setor: Agroalimentar.
Descrição: Primeira Denominação de Origem Protegida de carácter internacional, dedicada à produção, transformação, venda e exportação de azeite de alta qualidade produzido pelas empresas sediadas no território do AECT Duero-Douro, constituída sob uma estratégia de cooperação comercial, tecnológica e financeira e por empresas de Espanha e Portugal.
>>>>>Projeto piloto 2. Setor: Turismo.
Descrição: Rota Internacional do Vinho entre as PMEs cuja atividade seja orientada para serviços turísticos e para a cultura do vinho: restauração, alojamento, adegas, empresas de turismo ativo, etc. localizadas na fronteira de Espanha e Portugal e no território do AECT Duero-Douro. A Rota Internacional do Vinho será realizada através de uma estratégia de cooperação comercial conjunta, na qual se irá optimizar as contribuições e serviços que cada parceiro tenha em comum, com o objetivo de maximizar o valor adicionado para o cliente e promover o território do AECT Duero-Douro de forma conjunta.